Sentado em seu Trono esta Kletor, o novo Rei. Cabeça erguida
olhando para frente, cabelos curtos envolvidos por um turbante vermelho e seus
olhos são negros. Barba, longa negra e crespa. Uma cicatriz do lado esquerdo do
rosto, que segue desde a fonte até o pescoço. Seus ombros são do tamanho da
cabeça de um homem. Sem camisa, por que assim pode mostrar suas cicatrizes de
batalha. Calça larga e negra, e a o seu lado encostado em seu trono esta sua
monstruosa espada. Kletor aproximadamente tem o tamanho de um bárbaro, o que
deve dar a altura de dois homens de estatura mediana. Sua espada é de seu
tamanho, da espessura de uma porta, dessas de taverna. Ela não foi feita para
cortar o oponente e sim para amassar sua carne, quebrar seus ossos e partir
armaduras.
O Rei parece esta
ansioso com algo. Está sozinho em seu salão, a pouco mandou que os guardas
saíssem. Do trono até a porta é uma
distância considerável, da muito bem para colocar uma pequena horda de
soldados. Do caminho do trono até a saída tem estatuas imensas de todos os reis
que por aqui passaram, nem uma delas mais têm cabeça. Pois Kletor mandou que as
tirassem. Mesmo com o sol, que se
posiciona em cima do castelo neste momento, o salão fica bem escuro. Por que a
luz do sol não consegue entrar aqui. Por causa da posição da grande sala. Por
isso velas são espalhadas em todos os locais.
Um estranho medo passa pela cabeça do Rei. Ele estranha,
pois não sente isso desde a ultima vez que viu...
Um vento sopra dentro da sala, as velas se apagam, Kletor
levanta e só com uma mão pega sua monstruosa espada e a aponta para frente.
Logo a sua frente, mesmo com o escuro se pode ver um homem, bem menor que o
rei. Cabelos vermelhos, olhos verdes, branco como se já tivesse morrido há
muito tempo. Roupas bem alinhadas, com certeza não foram feitas no deserto. Uma
longa e fina espada nas costas e um sorriso infantil no rosto.
_ O quer demônio? Perguntou com raiva o Rei.
_ Você tem uma divida comigo e é hora de saldar o débito.
Respondeu o demônio.
Kletor abaixa a espada e senta no trono. Abaixa a cabeça que
logo é levantada pelas mãos do doce demônio, que se aproxima como se fosse dar
um beijo no Rei.
_ Eu te dei a força para vencer o seu inimigo e se tornar
rei. Agora quero minhas almas. Com voz suave o pobre e adorável demônio fala
com o rei.
Kletor empurra a mão de seu cobrador e levanta de seu trono,
caminha em direção a segunda estátua e ali para.
_ Será que não podemos invadir outro reino, e lá pegar as
almas que tanto quer?
O demônio se aproxima como se não tocasse o chão, para ao
lado do Rei.
_ Não me faça perder a paciência com você criança. Você sabe
que eu quero as almas daqui.
_ Mas já estou
mandando algumas.
O demônio, pega na garganta de Kletor e voa com ela até o
teto. Agora sua doce feição não é mais a mesma, os seus olhos verdes estão
vermelhos, sua pele esquenta de uma forma que chega a queimar o pescoço do rei.
_ Eu quero Todas!
O demônio some as velas todas se acendem. O medonho e pesado rei esta no ar e cai de costas no chão, as portas
se abrem entram dois guardas, com cara de preocupados. Pois o barulho que viera
daqui de dentro foi grande. E quando constatam que o rei foi quem fez este
barulho se aproximam do mesmo.
_ Saiam daqui! E chamem meus conselheiros. Grita o enorme
rei.